quinta-feira, 7 de junho de 2007

Relatório de Viagem: Beto Carrero World


Como todo bom fã de parques de diversões, eu vivo querendo ir no Beto Carrero World. Mas não dá pra ir todo hora porque, afinal de contas, eu moro no Rio, o parque fica em SC, tem hotel, passagem etc e dinheiro não nasce em árvore. Aliás pra nós, brasileiros, dinheiro anda mais escasso do que a neve em Santa Catarina: só cai uma vez por ano, durante 5 minutos e numa cidade pequena..rs. Fato é que apesar de todos os custos, ir ao BCW ainda não é uma viagem das mais caras e, definitivamente, é uma das que mais valem a pena.



Meu roteiro, inicialmente era: pousar em Navegantes às 14h do sábado, 30 de abril, chegar no hotel (em frente ao parque) por volta das 16h, aproveitar o pôr-do-sol na Star World Mountain e ir curtir a noite em Balneário Camburiú. Para o domingo, o plano era passar o dia todo no parque e, de noite, (claro) voltar a Camburiú pra curtir outra boate. Já na segunda-feira, o plano era mais sério um pouco: passar a manhã no parque batendo um papo com a equipe de engenharia e passar a tarde em Blumenau para, finalmente, embarcar de volta à noite.
Como tudo na vida, a viagem não saiu como o planejado e depois de alguns vôos atrasados e cancelados, acabamos dormindo assim que chegamos no hotel e no sábado, não olhei o parque nem pela janela do hotel. Isso nos leva à parte mais divertida: o domingo no parque (isso me lembra algum programa de TV..rs).


Depois de alguns atrasos e de quase entrarmos em pânico quando não encontramos o nome do Guilherme na lista da entrada, conseguimos resolver tudo (com uma ajudinha do filho do Beto) e entrar no parque já funcionando a pleno vapor.
Confesso que me surpreendi. Eu sempre soube que o BCW está em constante mudança e cada vez melhor. Mas fiquei realmente encantado e quase não reconheci algumas áreas do parque. A área da Star World Mountain está toda calçada com um piso super bacana que me lembrou muito alguns parques bem legais que eu já fui. A frente do trem-fantasma eu também quase não reconheci e dessa vez, literalmente. Não entendo como as coisas podem mudar tanto e pra tão melhor em 2 anos que fiquei sem ir lá.
Tenho que admitir que esperava uma mudança maior na Caverna dos Piratas, mas o resto da ilha está realmente incrível. O parque inteiro está muito bacana e o mais incrível é que as obras não param e tenho certeza que na minha próxima ida encontrarei tudo ainda melhor.

Agora vamos ao que todos mais esperam: as atrações: Quando fui lá, a Vekominha (Que agora se chama Tigor Mountain) ainda estava em construção. Trilhos prontos, mas estação em obras. O lago ainda não havia sido extendido, mas as obras estavam a todo vapor. Assim como a Montanha Encantada, agora Raskapuska. Sem a pintura e com os cenários sendo montados, era uma visão impressionante, enorme. Fiquei feliz de ver que eles acrescentaram no projeto a queda no final, que o Playcenter havia retirado nos últimos anos. Realmente um trabalho de mestres. Acho que valeram os dois anos de obras.



O Império das Águas continua maravilhoso, ainda mais com os elefantes desligados. Uma idéia ótima já que estava fazendo um certo friozinho e ninguém queria se molhar demais. Para os que gostam de se molhar mesmo no inverno, uma boa notícia: o Tchibum está funcionando com os barcos sincronizados, o primeiro barco cai enquanto segundo aguarda o momento certo da queda pra dar um belo jato d’água nele. Fantástico de ver. Eu não quis me arriscar...rs
A Big Tower parece cada dia maior. Eu sei que ela continua no mesmo tamanho, mas é realmente espetacular aquela queda. Falando em queda, curiosamente, a Torre do Terror continua sendo um dos melhores brinquedos já inventados pelo Homem. Com todo o avanço tecnológico, ninguém consegue superar o frio na barriga provocado pela curva no final da queda. SE VOCÊ NUNCA FOI, PRECISA IR.



Para a galera mais família, os shows continuam deliciosos, principalmente para os pequenos. Tiraram o número dos tigres do show da África Misteriosa, mas acrescentaram mais malabarismos e mais pirotecnia e o show ficou até mais longo. Já o show das águas dançantes, que andava meio batido, foi substituído pelo Acquashow, que é quase um cine 4D. Luzes negras fazem surgir desenhos nas paredes do teatro que, juntos com o espetáculo em si (que lembra bastante um show do Circo du Soleil) e com bolhas de sabão que caem do teto, criam uma atmosfera encantadora. Super bacana.



Outra coisa que me surpreendeu foram as filas. Embora nunca muito grandes (mais uma mágica do BCW), estavam bem maiores do que costumavam ser, prova de que cada vez mais e mais gente tem percebido como é legal o parque. Por isso eu te aviso: programe pelo menos dois dias de viagem. Só conseguimos ver (quase) tudo porque voltamos na segunda-feira.

E, já que estamos falando da segunda-feira, acabei não indo a Blumenau. Passei a manhã toda conversando com o pessoal da engenharia e passei a tarde no parque vendo o que não tinha dado tempo de ver no domingo. Da conversa com os engenheiros descobri que o próprio parque construiu a Dum-dum, a brucomelinha linda e amarela que vive sempre tão cheia, que eu não andei....
Construiram, não só a Dum-dum, mas também uma segunda brucomela para o parque móvel. Parece que o Beto resolveu mesmo investir na construção de brinquedos nacionais. Primeiro a reforma de brinquedos antigos, como a Roda-gigante e o bate-bate (ambos ex-Tivoly Park) e a Tornado (ex-Playcenter). Depois a construção na íntegra do Império das Águas. Agora as brucomelas.
No final das contas, a conclusão é que a viagem vale a pena. Vale a pena voltar lá uma vez por ano e o Beto merece mesmo o título de Walt Disney Brasileiro. Na minha opinião não falta muito para as atrações mais voltadas para o público jovem e adulto, como a Big Tower, por exemplo, se multiplicarem por lá.
Vamos torcer para que o mesmo viés de crescimento contagie os outros parques da nossa pátria amada.
Abraços e muitas montanhas russas pra você!
Lucaz Ferraz

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